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sábado, 18 de setembro de 2010

Tromba d'água inunda e lança Braga no caos - In JN (18/09/10)

Trinta minutos de chuva intensa, entre as 17,30 e as 18 horas, deixaram a cidade de Braga em “estado de sítio”. Ao caos do trânsito, provocado por avarias de carros juntaram-se deslizamentos de terras e acidentes de viação, com registo de feridos.

O caso mais complexo verificou-se em Esporões, na Estrada que liga Braga a Guimarães, onde um acidente provocou vários feridos. Foi nas freguesias urbanas de S. Victor e de S. Vicente que se registaram as situações mais graves, com circulação condicionada em algumas estradas, inundações de garagens e armazéns.

No hipermercado Pingo Doce, inserido no shopping Bragaparque, o aluimento do tecto, obrigou ao encerramento da estrutura. Não houve feridos, mas os danos foram de monta.
A circular urbana esteve com o trânsito parado, até cerca das 20 horas, devido à muita água que se aglomerou na via, impedindo a passagem de viaturas, na zona das Fontainhas.

“Começou a chover, cerca das 17 horas e a estrada começou logo a encher. Depois passou a camioneta da Rodoviária que fez ondulação e um carro andou ali a boiar. A senhora assustou-se e saiu do carro. Ficou também um senhor dentro de um carro e um taxista mais atrás e o trânsito ficou todo bloqueado”, disse Maria Alice Gomes.“Sempre que chove é sempre isto. Esta estrada está mal. Faz aqui um buraco e entope sempre que chove”, adiantou António Azevedo que apontava para os danos nas garagens vizinhas.

Maiores prejuízos teve a firma Rodrigues Delgado e Companhia, de comércio de materiais eléctricos. As águas que desgovernadamente correram Fontainhas abaixo foram alojar-se no armazém da firma, provocando danos que o proprietário não conseguia quantificar.

Dentro do centro comercial Bragaparque viveram-se momentos de aflição. “As pessoas que estavam no Pingo Doce, como era o meu caso, começaram a ver cair água que parecia uma cascata e algumas fugiram para a saída”, disse Rosa Maciel, cliente daquela unidade comercial. Algumas lojas do espaço comercial também foram afectadas, nomeadamente as que se situam nos extremos do edifício.

“A única situação que preocupou foi com o terceiro piso inferior, destinado a estacionamento, onde a água chegou acima das rodas dos carros. Este piso teve de ser encerrado, tal como os elevadores de acesso a esse piso, porque registava-se alguma infiltração de água. Houve agitação dos comerciantes que tinham lá os carros”, disse António Afonso, director do Bragaparque.

“Caiu uma grande quantidade de água, numa área onde se situam o Bragaparque e os túneis de circulação automóvel próximos à Universidade do Minho, que inundaram rapidamente”, adiantou fonte do Governo Civil.

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